Serão implantados ao longo deste mês, no Acre, os primeiros 11 pontos de conexão da Rede de Monitoramento, Vigilância e Educação Ambiental de Comunidades Tradicionais e Indígenas e de Áreas Protegidas. Trata-se de uma malha digital que levará sinais de satélite, internet, educação ambiental e um cardápio de serviços públicos online a populações tradicionais e indígenas que vivem em Unidades de Conservação de 13 estados brasileiros. Cerca de 200 outros pontos cadastrados aguardam implantação.
A iniciativa é fruto de um acordo entre os ministérios do Meio Ambiente e das Comunicações e a Rede Povos da Floresta - grupo que remonta à Aliança dos Povos da Floresta, de Chico Mendes. O acordo de cooperação técnica em que se baseia o projeto de inclusão digital foi firmado em março deste ano, no âmbito do programa Governo Eletrônico Federal de Atendimento ao Cidadão (Gesac), entre os dois ministérios e a Associação de Cultura e Meio Ambiente (RJ), representante da Rede Povos da Floresta. O principal objetivo do projeto de inclusão digital é fortalecer o papel das comunidades tradicionais e dos povos indígenas na gestão ambiental de áreas protegidas e seus entornos, valendo-se de monitoramento, vigilância e educação ambiental - sempre de forma articulada com suas próprias políticas culturais e educativas e suas agendas de promoção da sustentabilidade. O apoio do MMA ao projeto se dá por meio de seu Departamento de Educação Ambiental.
Esses primeiros pontos da malha - também conhecida como Rede Povos da Floresta - serão inaugurados ao longo do mês na Reserva Extrativista Alto Juruá (sete); nas Terras Indígenas Kaxinawá do Rio Breu, Ashaninka do Rio Amônea e Apolima Arara (três); e na escola Ayoninka Antami, na sede do município Marechal Thaumathurgo (um). A iniciativa inclui três tipos de pontos, articulados em pólos regionais ou territoriais: núcleos comunitários, em sítios de comunidades tradicionais ou indígenas; centros de formação e articulação, em áreas urbanas estratégicas para acesso às comunidades tradicionais, indígenas e áreas protegidas; e pontos de monitoramento remoto, não-comunitários.
(Por Grace Perpetuo, Ascom MMA, 07/11/2007)