Das geleiras alpinas existentes atualmente, 80% terão desaparecido até 2050 e em 2100 restarão apenas 7%, segundo estudo do Instituto Central de Meteorologia e Geodinâmica da Áustria (Zamg, na sigla em alemão). O pico de uma geleira no parque nacional Hohe Tauern, que cobre uma área de 1.800 quilômetros quadrados nos Alpes austríacos, medirá, por exemplo, 0,4 quilômetro quadrado em 2050, frente à superfície de 1,5 quilômetro quadrado que tinha em 2003.
Segundo os cientistas do Zamg, que publicaram seus cálculos em um livro, o fenômeno não ocorre pela primeira vez na história do planeta, e, logo, não pode ser atribuído unicamente a atividades humanas. Mas as emissões nocivas ao meio ambiente aceleram a mudança climática e o degelo, acrescentam.
Os cientistas lembram ainda que há cerca de 20 mil anos as geleiras alpinas ocupavam superfícies ainda maiores: a região onde hoje fica a cidade de Salzburgo, na fronteira com a Alemanha, era coberta por uma camada de gelo de quase 600 metros de espessura. Depois as geleiras locais foram reduzidas consideravelmente e ficaram ainda menores que as atuais até cerca de seis mil anos atrás, quando experimentaram uma nova etapa de crescimento, que prevaleceu ao longo dos últimos três a quatro milênios.
(Yahoo Brasil,
Ambeinte Brasil, 08/11/2007)