Reunidas na noite de segunda-feira (05/11) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as principais autoridades do setor energético repetiram o discurso de que não há risco de "apagão" devido à escassez de gás. Mas reconheceram que, para evitá-lo, será preciso estocar o material e utilizar mais diesel --que, além de mais caro, é mais poluente.
Segundo assessores, foram discutidas alternativas para minimizar problemas de abastecimento na próxima estação de seca. Uma delas seria acelerar o processo para que todas as usinas termelétricas possam funcionar tanto a diesel quanto a gás. Outra seria o país estocar mais gás, importando-o de países como Angola e Marrocos. É o que informa reportagem publicada na edição de hoje da Folha.
A reunião foi convocada depois que, na semana passada, a Petrobras restringiu o volume de gás entregue a distribuidoras de Rio e São Paulo --gerando o temor de escassez de energia.
O governo repete à imprensa seu discurso otimista. Culpa governos passados pela falta de investimentos em usinas e diz que há um "processo de retomada". Mas, desde o início do primeiro mandato de Lula, em 2003, a maior parte da energia elétrica contratada em leilões veio de usinas que já existiam.
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Folha Online, 07/11/2007)