Um grupo de 200 pessoas ficaria acampado à espera da promessa de assentamento feita pelo Incra A decisão sobre o destino da marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) rumo à Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, que já dura 52 dias, pode ser tomada hoje (07), às 10h, no Fórum de Carazinho.
Ontem, depois de quase cinco horas de negociações entre os Ministérios Públicos Federal e Estadual, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), representantes dos governos da União e do Estado e, ainda, do MST, foi assinado um termo de ajustamento de conduta na Câmara de Vereadores de Passo Fundo.
A portas fechadas, deliberaram com as partes interessadas a promotora pública federal Patrícia Muxsfeldt, o promotor público estadual Gilson Medeiros, o superintendente regional do Incra, Mozar Dietrich, e o ouvidor agrário federal, Gercino José da Silva Filho.
Pelo termo assinado, os integrantes do MST se comprometem a respeitar a decisão da Justiça de Carazinho, que proíbe a marcha dos sem-terra de ingressar na área da comarca. Em contrapartida, o MST pedirá hoje, às 10h, à juíza de Carazinho, Marlene de Souza, a reativação de um acampamento às margens da BR 386, em Almirante Tamandaré do Sul, onde um grupo de 200 marchantes aguardaria a promessa do Incra de assentar mil famílias até o mês de abril de 2008. Pela proposta do Incra, outras mil famílias seriam assentadas no Estado até dezembro de 2008.
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Correio do Povo, 07/11/2007)