Os 329 focos de incêndio que até segunda-feira destruíram 1,85 mil hectares de florestas em áreas pertencentes à Aracruz Celulose, nos Estados da Bahia e Espírito Santo, não comprometem a operação nas fábricas, segundo o gerente regional da empresa na Bahia, Antonio do Nascimento Gomes. Ele disse ser comum, nesta época do ano, o surgimento de focos de incêndio naquela área e a companhia opera com estoques preventivos de madeira.
"O que chamou a atenção é que, neste ano, a intensidade das ocorrências, por conta do período prolongado de seca, está maior", afirmou. "Os 30 mil metros cúbicos de madeira já colhida representam um dia de produção, o que é muito pouco para comprometer o abastecimento." O prejuízo da companhia com a perda desse volume de madeira, que acabou destruída pelos incêndios, é estimado em R$ 2 milhões.
Conforme Gomes, a expectativa é a de que, a partir do dia 15 deste mês, as chuvas cheguem ao norte do Espírito Santo, dificultando o surgimento de novos focos de incêndio. As ocorrências tiveram início em 20 de outubro e também destruíram plantações de outras empresas e de produtores. "Tivemos de registrar queixa nos municípios também em razão de áreas de preservação terem sido atingidas", afirmou. Segundo a Aracruz, dos 1,85 mil hectares atingidos até ontem, 1,2 mil hectares correspondem a plantações de eucalipto e 650 hectares são de vegetação nativa, em áreas de preservação permanente e reserva legal.
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A tarde, 06/11/2007)