Curitiba e cidades da região metropolitana têm pouco mais de um ano para decidir o novo destino das 2,4 mil toneladas de lixo produzidas por dia. Isso porque o aterro da Caximba, atual depósito do lixo, terá de ser desativado até o fim de 2008. O aterro recebe o lixo da capital do estado e de outras 14 cidades.
Segundo reportagem do Paraná TV, o aterro deveria ter sido fechado em 1999, mas teve a vida útil prolongada por causa de obras e, principalmente, pela ajuda de moradores no trabalho de separação do lixo. Mesmo com a ajuda, a área está próxima do limite da capacidade.
A discussão mobilizou um grupo de secretários de meio ambiente e ambientalistas de 16 cidades da região metropolitana de Curitiba ao longo de um ano. O grupo pesquisou tecnologias usadas no tratamento do lixo em todo o mundo e elaborou um plano para ser implantando até dezembro de 2008 - data limite para desativação do aterro da Caximba.
A primeira fase consiste na escolha de uma área - segundo a reportagem do Paraná TV, 20 áreas estão passando por avaliação de impacto ambiental. Depois, uma empresa deve assumir no local a instalação de uma usina de aproveitamento de resíduos. O plano ainda prevê que em seis anos a usina terá que estar transformando o lixo em adubo, combustível e matéria-prima para novos produtos.
A população poderá continuar a ajuda separando o lixo seco dos restos de comida, além de comprar produtos com embalagens reaproveitáveis. Para o secretário de meio ambiente de Curitiba, José Andreguetto, a população vai ganhar porque o lixo recolhido não vai mais poluir os lençóis freáticos e rios. "Além disso, vai gerar renda e empregos", disse à reportagem do Paraná TV.
A proposta para o novo sistema de tratamento do lixo foi apresentada na semana passada ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). O edital de licitação para implantação do novo sistema de tratamento e de destinação final do lixo será lançado no próximo dia 28.
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Gazeta do Povo, 07/11/2007)