Recuperar em 50% o Rio dos Sinos nos próximos 10 anos. Essa é a expectativa do prefeito de São Leopoldo e presidente do Consórcio Pró-Sinos, Ary José Vanazzi que participou da audiência Pública da Comissão Especial sobre a Implantação do Consórcio de Saneamento Ambiental da Bacia do Rio dos Sinos, coordenada pelo deputado Ronaldo Zulke (PT), na segunda-feira (05/11). A reunião realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas de São Leopoldo debateu os financiamentos de projetos em saneamento ambiental. Participaram dos debates o deputado João Fischer (PP), relator da comissão, representantes do ministérios das Cidades e Meio Ambiente, Caixa RS, CEF, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, além de prefeitos e vereadores de diversos municípios da região.

Conforme o deputado Zulke, um dos principais desafios do consórcio são as fontes de financiamentos para a execução dos projetos da área de saneamento. "Entre os objetivos dessa comissão, além de acompanhar a iniciativa inovadora dos prefeitos da Região do Sinos, queremos contribuir na solução dos problemas que poderão surgir. Não basta ter projetos são necessários recursos para sua execução e, portanto, as prefeituras, órgãos públicos e iniciativa privada têm de conhecer as linhas de financiamento existentes e as formas de acessá-las", afirmou.

O Consórcio Pró-Sinos foi implantado em janeiro deste ano e o projeto inicial para a recuperação da bacia exige R$ 70 milhões. Entre as principais ações apontadas por seu presidente, estão os planos estratégicos para cada um dos 32 municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos: de Saneamento, de Resíduos Sólidos e o de Educação Ambiental. Estão em negociação recursos de R$ 4,5 milhões provenientes do Fundo Nacional do Meio Ambiente. Vanazzi ainda destacou uma parceria técnica com o governo holandês para o tratamento dos arroios da bacia.

De acordo com dados da CEF, os recursos do PAC destinados a saneamento para 2007 são de R$ 40 bilhões, sendo 7,4 bilhões para a Região Sul. Deste total estão disponíveis financiamentos de R$ 8 bilhões para a iniciativa privada e que não têm demanda, conforme o representante do Ministério das Cidades. Para o coordenador da comissão, o setor privado é outro grande desafio para o consórcio. "Há a necessidade de modernização dos equipamentos de tratamento de resíduos", alerta Zulke.

Esta foi a segunda audiência pública realizada pela comissão. A programação prevê ainda  audiências sobre os seguintes temas: Educação Ambiental, Agências de Bacias Hidrográficas, Tratamento de Resíduos Sólidos e Agência Reguladora de Água e Saneamento Ambiental. 

(Por Rejane Silva, Agência de Notícias AL-RS, 06/11/2007)