A Petrobras e a estatal boliviana YPFB retomaram negociações nesta terça-feira (06/11), durante reunião entre o presidente da empresa brasileira, José Sergio Gabrielli, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolivia, Carlos Villegas, e o presidente da empresa boliviana, Guillermo Aruquipa. As informações foram divulgadas à noite no site da Petrobras (www.petrobras.com.br).

O encontro foi em La Paz e ficou definida a retomada das negociações em torno da produção de gás naquele país. "Somos um país consumidor e a Bolívia é um país produtor. A complementariedade de nossos interesses é muito clara", declarou Gabrielli, ao final da reunião, segundo a nota.

Ele lembrou que a Petrobras tem hoje na Bolívia um marco legal, contratos de produção assinados, condições legais definidas. "Neste novo cenário, podemos começar a avaliar novos investimentos para aumentar a produção de gás na Bolivia", disse o presidente. E acrescentou: "Uma nova relação está começando".

O aumento da produção de gás não significa, entretanto, que todo o produto será exportado para o mercado brasileiro. "O aumento da produção de gás não tem como único objetivo o de exportá-la para o Brasil", esclareceu Gabrielli.

Após a reunião que durou cerca de quatro horas, na sede da petroleira boliviana, o ministro e os presidentes das companhias concederam entrevista coletiva à imprensa. Informaram que a reunião, embora não conclusiva, foi extremamente positiva.

Uma nova rodada de conversas entre as duas estatais deverá ocorrer entre os próximos dias 26 e 30, em local a ser definido.

No Brasil, na semana passada, chegou a faltar gás em postos de combustíveis e o fornecimento do produto foi suspenso, pela Petrobras, para indústrias no Rio de Janeiro e em São Paulo. A estatal havia decidido enviar parte do gás para abastecer termelétricas, a fim de garantir o suprimento de energia elétrica, ameaçado pela estiagem. 

(Por Vladimir Platonow, Agência Brasil, 06/11/2007)