Foram registrados, até a manhã de ontem, 329 focos de incêndios em regiões localizadas no norte do Espírito Santo e extremo sul da Bahia, que já destruíram 1.850 hectares de florestas. Do total, 1.200 hectares correspondem a plantações de eucalipto e 650 hectares a vegetação nativa em áreas de preservação permanente e reserva legal. A área equivale a aproximadamente 1.850 campos de futebol e pertence à companhia brasileira Aracruz Celulose. Entre os prejuízos ambientais causados à região estão perdas à biodiversidade local, ressecamento do solo e poluição do ar.
Os incêndios, que tiveram início no último dia 20 de outubro, também consumiram plantações de outras empresas e de produtores privados. Foram destruídos ainda cerca de 30 mil metros cúbicos de madeira já colhida pela Aracruz que estava empilhada em áreas da empresa. O longo período de seca, com altas temperaturas e ventos fortes, contribui para a propagação do fogo e dificulta o trabalho das brigadas de incêndio da companhia.
Estão envolvidas nas operações aproximadamente 600 pessoas, 12 caminhões-pipas, seis motoniveladoras, duas pás carregadeiras, três caminhões pranchas, bem como 40 veículos leves e 25 ônibus. As equipes se revezam 24 horas por dia nas atividades de detecção e combate aos incêndios. A Aracruz registrou queixas nos municípios onde ocorreram os incêndios para que seja investigada a origem dos mesmos.
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Correio da Bahia, 06/11/2007)