A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, principal órgão de planejamento da economia chinesa, aprovou oficialmente um plano para dobrar a capacidade do país para gerar energia nuclear, informou neste domingo, 4, a imprensa oficial. O plano torna oficial a intenção chinesa, já anunciada anteriormente, de gerar anualmente 40.000 megawatts de energia nuclear em 2020, frente aos 16.970 atuais, o que implicará na construção de quase 20 novos reatores (atualmente há 11 em funcionamento e o gigante asiático pretende ter 30 em 13 anos).
O investimento combinado deste plano de ampliação do programa nuclear chinês chegará a 450 bilhões de iuanes (cerca de US$ 60 bilhões), segundo a agência estatal "Xinhua". Com este investimento, a energia nuclear representará, em 2020, 4% do total consumido pela China, contra 2% atual.
O plano da Comissão Nacional estabelece que China "criará, construirá e operará" os reatores, embora deixe aberta a possibilidade de introduzir e absorver tecnologias estrangeiras, como fez até agora. A americana Westinghouse, a francesa Areva, a canadense AECL e a russa AtomStroyExport já colaboraram com a China na construção de reatores. A China, o segundo maior consumidor de energia do mundo, já é o terceiro país da Ásia em produção de energia nuclear, atrás apenas de Japão e Coréia do Sul.
(Observatório do Clima/ EFE / Agência Estado /
Carbono Brasil, 05/11/2007)