As Américas e o Brasil não estão imunes à ameaça da gripe aviária, transmitida pelo vírus H5N1. A avaliação é do diretor de Programas da Área Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jorge Caetano. "Nenhum país está livre da doença", disse em entrevista à Agência Brasil. A gripe aviária alcançou 12 países na Ásia, Europa e África e matou, até 25 de outubro deste ano, 204 pessoas.
Preocupada em preparar os países para enfrentar uma possível incidência da doença, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) organizou um fórum de discussão em Santiago, no Chile, na semana passada. Participaram 33 países da América do Norte, Central e Sul.
Técnicos brasileiros compartilharam experiências e forneceram apoio. O Brasil tem laboratórios que são referência e treina profissionais de vários países a fazer um rápido diagnóstico da doença.
Para o diretor do Mapa, Jorge Caetano, a condição do Brasil de exportador de carne de frango aumenta a preocupação em evitar a gripe aviária. "Hoje o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, tem interesse enorme que esse problema não chegue ao território e com isso traga consequências econômicas e sociais sérias".
A gripe aviária causou mortes e prejuízos onde apareceu. Estudos da FAO estimam perdas de US$ 10 bilhões para a avicultura comercial apenas no sudeste asiático.
O Brasil tem um programa de prevenção e combate ao vírus H5N1. Aves migratórias e granjas são constantemente monitoradas. Há ainda fiscalização em portos, aeroportos e postos de fronteira.
(Gislene Nogueira,
A Tarde, 05/11/2007)