Pelo menos 16 pessoas estão desaparecidas no Estado de Chiapas, no sul do México, depois que a localidade de San Juan de Grijalva, onde viviam, foi atingida por deslizamentos de terra, informaram autoridades locais. Equipes de resgate foram enviadas à comunidade de 600 habitantes, onde, segundo a imprensa local, muitas casas foram completamente soterradas. Acredita-se que alguns moradores tenham conseguido fugir para regiões mais altas.
O deslizamento ocorreu depois das fortes chuvas que, na semana passada, provocaram inundações em Chiapas e no Estado vizinho de Tabasco, no que foi considerado o pior desastre natural da história recente da região. A ajuda internacional começou a chegar à região, mas ainda é grande a dificuldade de distribuição, já que a maioria das estradas continuam debaixo d´água.
O Exército mexicano já resgatou mais de 40 mil pessoas nos dois Estados, mas o nível das águas continua alto, e pelo menos 20 mil pessoas permanecem ilhadas à espera de ajuda. Calcula-se que meio milhão de pessoas tiveram suas casas destruídas ou danificadas pelas enchentes. O correspondente da BBC na região, Andy Gallacher, afirma que algumas comunidades isoladas ainda não receberam água potável nem suprimentos médicos.
Nos centros para onde são levados os desabrigados, há dezenas de milhares de pessoas, diz Gallacher, e as condições começam a se deteriorar. Segundo o governador de Tabasco, Andrés Granier, está sendo feito todo o possível para levar ajuda às centenas de milhares de pessoas afetadas pelas inundações.
Granier disse também que será mantida rigorosa vigilância nas áreas inundadas para evitar saques aos imóveis, principalmente na capital do Estado, Villahermosa, onde ocorreram alguns incidentes no fim de semana. O governador informou que já foram detidas 50 pessoas por saques a supermercados e outros incidentes isolados. Segundo o correspondente da BBC, não há previsão de chuva para os próximos dias na região.
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Folha Online, 06/11/2007)