Está proibida a pesca amadora ou profissional em rios do Paraná desde o dia 1º de novembro, por causa do período de piracema, que vai até 28 de fevereiro de 2008. A piracema é o período de reprodução dos peixes, que sobrem os rios em grandes cardumes. No litoral do Paraná, aproximadamente 5,8 mil pescadores sobrevivem da pesca artesanal.
Segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, uma portaria estadual regulamenta a medida, válida para os rios que nascem e terminam dentro do estado. "Profissionais e equipamentos da Polícia Ambiental Força Verde, helicópteros e barcos flexboat estão de prontidão, auxiliando na fiscalização".
A pesca também está proibida nas áreas de alagados, alagadiços, lagos, banhados, canais ou poços que recebam águas desses rios ou de outras lagoas, em caráter permanente ou temporário. A portaria proíbe a pesca nas proximidades (até 500 metros) de desembocaduras de rios e nas cercanias das barragens de usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras (até 1,5 mil metros à esquerda e à direita). "E ainda nas áreas no entorno da Estação Ecológica de Caiuá e do Parque Estadual do Iguaçu", disse Burko.
Nesse período fica liberada a pesca amadora desembarcada nos rios e reservatórios artificiais, desde que seja realizada apenas com linha de mão, caniço, molinete e iscas artificiais. Os mesmos critérios valem para a pesca profissional. Se os locais forem registrados no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Ministério da Agricultura e no Instituto Ambiental do Paraná, está também liberada a atividade pesqueira em tanques de aqüicultura e em pesque-pague.
(Por Lúcia Nórcio, Agência Brasil, 05/11/2007)