"Isso não está acontecendo”, reagiu o superintendente regional substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Valdir Perius, ao ser questionado sobre a existência de carvoarias no interior da reserva da Fazenda Teijin. “Tinha alguns fornos lá, mas foram todos fechados numa ação que fizemos com a Polícia Ambiental”, garantiu.
Informado de que os fornos tinham sido fotografados na terça-feira (30) e havia crianças no local, respondeu: “São carvoeiros da cidade que exploram alguns assentados”. Ele disse que existem “apenas 15 lotes” abertos irregularmente na reserva e os ocupantes serão retirados. “Isso já foi resolvido com o MST. A reserva precisa ser preservada e quem entrou tem de sair.”
Para o superintendente, quem agride o meio ambiente é o fazendeiro, não o sem-terra. “Aquele é um povo pobre que foi abandonado no passado." Segundo Perius, o assentamento na Teijin é um dos mais importantes do Brasil e beneficia mais de mil famílias, causando ciúme. “Para decepção de uma parte da classe política de Nova Andradina que defende o latifúndio dos japoneses, o assentamento está consolidado.”
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Agência G1, 05/11/2007)