Aproximadamente 700 milhões de meninos e meninas, ou seja, quase a metade da população infantil no mundo, desempenham suas atividades expostos à fumaça de tabaco especialmente nos lares, nas escolas e em lugares públicos, condições que afetam gravemente sua saúde e seu rendimento escolar.
De acordo com o documento Sin Humo Dentro, elaborado pela Organização Pan-americana da Saúde (OPS), mostras realizadas em 132 países com estudantes de 13 a 15 anos, revelaram que 76 por cento dos entrevistados apoiariam iniciativas que proibissem fumar em lugares públicos. A informação enfatiza que quatro de cada dez dos adolescentes indagados afirmaram que estão expostos diariamente à fumaça do tabaco, invasor de seus lares; enquanto que cinco de cada dez, nos lugares públicos, por onde caminham ou passeiam.
A análise aponta que nem a ventilação nem o ar condicionado podem reduzir a exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados. Essas medidas nem sequer podem fazer com que desapareça o cheiro, muito menos os efeitos negativos que causa na saúde das pessoas. Apenas os ambientes 100% livres de fumaça oferecem proteção eficaz, acrescenta o estudo.
A investigação afirma que existem aproximadamente 4 mil produtos químicos conhecidos na fumaça do tabaco e se sabe que 50 deles causam câncer nos seres humanos, além de deficiência cardíaca, enfermidades respiratórias e cardiovasculares, tanto em meninos e meninas como em adultos. A OPS calcula que existem uns três milhões de fumantes na Guatemala, e 20% apresenta quadros críticos na respiração ou câncer de pulmão.
(Cerigua /
Adital, 01/11/2007)