Pouco mais de um ano após a assinatura que reconheceu o Quilombo Silva como o primeiro do país em área urbana, as 15 famílias da região ainda aguardam pela titulação e o registro da área como propriedade remanescente de quilombo nos cartórios de registros de imóveis. O decreto foi assinado no final de outubro do ano passado pelo então ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Localizado no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre, o quilombo tem uma área de 6 mil metros quadrados.
'Infelizmente, ainda estamos aguardando pelo Incra', afirmou o presidente da Associação Comunitária Remanescente do Quilombo Família Silva, Lorivaldino Silva. Nos últimos doze meses, algumas melhorias foram obtidas. Foram instalados 12 banheiros. As casas receberam luz e sistema de esgoto. Amanhã, às 9h, equipe da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se reunirá com a comunidade para avaliar a construção dos banheiros e possíveis melhorias.
Já a comunidade quilombola do Morro Alto, no Litoral Norte, reúne-se com os representantes da Funasa para tratar de ações reparatórias relativas aos impactos da ampliação da BR 101. 'Pretendemos receber melhorias em infra-estrutura, como água encanada e escolas', disse o presidente da Associação Rosa Osório Marques, do Quilombo Morro Alto, Wilson da Rosa. A associação totaliza 456 famílias cadastradas.
(Correio do Povo, 05/11/2007)