As grandes indústrias do centro do País já começaram a adaptar seus sistemas para substituir o gás natural. A informação é da Congas, a maior distribuidora nacional. Foi a primeira evidência de que o País começa a sofrer uma crise por causa da redução da oferta de gás natural e, segundo especialistas, explica a decisão anunciada recentemente pela Petrobras de negociar novos investimentos na Bolívia, país de onde vem mais da metade do gás natural consumido pelo Brasil.

A Petrobras aceitou pagar subsídio aos grandes consumidores que substituírem o gás natural por combustível residual, mais caro. O aumento da demanda nos últimos meses, obrigou a Petrobras a solicitar à Bolívia, em agosto, que passasse a fornecer o total de gás previsto em contrato.

Para aumentar a oferta e reduzir a dependência da Bolívia, a companhia pretende construir, nos Estados do Rio de Janeiro e Ceará, terminais para receber gás natural liqüefeito (GNL) importado.A expectativa é de receber cerca de 20 milhões de metros cúbicos diários do combustível. Da Bolívia chegam 30 milhões.

(A Notícia, 04/11/2007)