A China destinará US$ 1,8 milhão à proteção dos lagos e pradarias próximos ao monte Everest, região que sofre com a massificação do turismo, informaram hoje fontes do Governo regional tibetano através da agência estatal "Xinhua". O projeto de conservação foi aprovado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento e será iniciado no próximo ano, o mesmo no qual pretende levar a chama olímpica ao cume do Everest como parte do percurso da tocha até Pequim.
Como parte do plano, 5.900 hectares dessas regiões serão fechadas ao público, e outras 4.400, em estado de degradação ambiental, serão restauradas. Além disso, o projeto inclui a construção de estações de observação climatológica, hidrológica e ornitológica. Os arredores do monte mais alto do mundo em sua parte chinesa formam a Reserva Natural Estatal Qomolangma (nome usado pelos tibetanos para denominar a montanha), com uma extensão total de 33.000 quilômetros quadrados.
Nos últimos anos, a China abriu muito mais a região ao turismo, concedendo mais permissões para escalar o monte, o que trouxe certa massificação e degradação ambiental ao Everest e seus arredores. Só na primeira metade de 2007, o monte recebeu 25.000 visitantes, que a cada ano deixam toneladas de lixo em suas encostas. O gigante asiático tenta com projetos como este mudar sua imagem de país altamente poluente - desde 2006 é o maior emissor mundial de dióxido de carbono, um dos gases do efeito estufa - e buscar um crescimento mais sustentável.
(Yahoo!,
Ambiente Brasil, 05/11/2007)