Há mais de oito anos abandonada, uma construção na esquina das ruas Cabral e Ramiro Barcelos, no bairro Rio Branco, mobiliza a comunidade. Moradores cobram mais atenção da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para a questão da água acumulada no interior do esqueleto do prédio. No mês passado, a Vigilância Sanitária achou larvas do mosquito Culex, o pernilongo comumente encontrado na cidade. O fato obrigou a empresa dona do terreno, a Sirca Investimentos, a contratar pela segunda vez um serviço de drenagem na construção.
O maior medo dos moradores era que a água contivesse larvas do Aedes aegypti, o causador da dengue. De acordo com o médico veterinário do Núcleo de Vigilância em Roedores e Vetores da SMS, Luiz Felippe Kunz Júnior, não foi verificada a presença do mosquito.
- Como a água é muito profunda, é mais difícil de o Aedes aegypti se desenvolver. Encontramos somente larvas do Culex nas canaletas, e não no depósito principal da construção. Aplicamos larvicida na área para evitar a infestação - explica.
Para os moradores e trabalhadores do bairro, o escoamento foi um alívio. O proprietário de um mercado vizinho à obra, Luiz Spinelli, comenta que o prédio inacabado é sempre um motivo de preocupação.
- Graças a Deus, estão drenando antes de o verão chegar. O problema é que, com qualquer chuva, a água acumula de novo - afirma, garantindo que a comunidade continuará de olho na questão.
A Divisão de Edificações da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) informou que em setembro foi emitida a licença para a demolição total do prédio na Rua Cabral. Ainda de acordo com o órgão, o proprietário do terreno tem um prazo de 90 dias (a partir do dia 9 de setembro) para pôr abaixo a construção.
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Zero Hora, 01/11/2007)