Os prejuízos com o temporal de granizo que atingiu Panambi na madrugada da última segunda-feira (29) podem superar os R$ 3,4 milhões, somente na área urbana. A estimativa é do prefeito em exercício Bruno Artur Fockink, após reunião com o coordenador da Comissão Municipal de Defesa Civil, Airton Simon, e técnicos da Regional de Santo Ângelo da Defesa Civil. No interior do município, levantamento da Emater aponta prejuízos de R$ 5,6 milhões, com perdas expressivas nas culturas de milho, trigo, aveia, fruticultura e horticultura.
A reunião entre Executivo e Defesa Civil oportunizou encaminhamentos legais para ampliar o decreto de situação de emergência, assinado em 20 de setembro, quando um temporal de granizo já havia causado danos em cerca de 200 residências. O documento elaborado amplia o nível de estragos em decorrência do temporal do início da semana. Conforme o prefeito, a medida segue recomendação da Defesa Civil estadual e busca agilizar os trâmites legais para que o município tenha condições de atender a comunidade com o máximo de rapidez possível. Ontem, agentes comunitários de saúde trabalharam na finalização do cadastramento, priorizando o atendimento de famílias com renda de até dois salários mínimos.
A estimativa é que ainda hoje (01) a equipe conclua o relatório com o número de telhas que precisam ser adquiridas pela prefeitura, viabilizando o início da distribuição do material às famílias atingidas. Segundo os levantamentos preliminares, pelo menos 1,5 mil moradias foram danificadas em 12 bairros da área Norte da cidade da região Noroeste e em grande parte da zona rural.
As aulas continuam suspensas em duas escolas da rede estadual do município de Panambi. Os prédios das escolas José de Anchieta e Hermann Faulhaber foram interditados pela Coordenadoria Regional de Obras em conseqüência das avarias causadas pelo granizo e não há previsão para a retomada das atividades letivas. Na rede municipal de ensino, os alunos das escolas de Ensino Fundamental Conrado Doeth e de Educação Infantil Sonho e Fantasia deverão retornar às aulas somente na próxima semana.
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Correio do Povo, 01/11/2007)