Caso a bacia do Parecis tenha gás natural em quantidade e qualidade suficiente para exploração comercial, Mato Grosso pode voltar aos planos da Petrobras como possível sede da sua terceira fábrica de fertilizantes nitrogenados. O Estado, junto com o vizinho Mato Grosso do Sul, estava disputando o projeto que era orçado em US$ 700 milhões para produção de 1 milhão de toneladas por ano. Porém, o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, admitiu recentemente que o Centro-Oeste poderia ser preterido para instalação da fábrica em detrimento do Sudeste. O motivo é o desabastecimento de gás natural vindo da Bolívia, imprescindível para o funcionamento da indústria.
Para o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, a mudança de planos da Petrobras faz sentido se for analisada pela questão do gás. Mas ele cita também que não haveria motivo para instalar uma fábrica dessa magnitude no Sudeste, longe do grande centro consumidor. Furlan aponta que talvez a Petrobras esteja em compasso de espera. Lembra que a estatal passou dois anos fazendo investigação de mercado no Centro-Oeste para definir pela região, e por isso acredita que para mudar o projeto para o Sudeste teria que fazer novos estudos e uma investigação mais profunda de localidade.
Conforme informações da Petrobras, o projeto continua em andamento e a empresa está tentando "equacionar as dificuldades quanto ao suprimento de gás natural".
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Gazeta Digital, 31/10/2007)