O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Nelson Narciso, afirmou nesta quarta-feira (31/10), em São Paulo, que o racionamento do abastecimento de gás nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro é resultado de um “disparo de demanda” por um problema efetivo de oferta.
Segundo ele, é preciso que todos os atores desse mercado reúnam-se para buscar a melhor forma de conduzir o mercado, de maneira a reduzir o máximo possível todos os sacrifícios.
”Nós termos uma restrição de oferta de gás. Existe uma demanda das térmicas. Existem acordos para que as térmicas atuem na medida em que os reservatórios reduzam o seu volume [de água]. O que está se procurando fazer é evitar que haja problemas, e sendo chamadas as térmicas [para oferecer energia], elas terem que responder”, explicou.
Narciso disse que a ANP tem pouco a fazer com relação ao racionamento, porque trabalha com perspectivas de longo prazo.
Na tarde de terça (30/10), a Petrobras limitou a entrega de gás natural a distribuidoras localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em nota, a companhia informou que a redução da entrega foi necessária para atender aos demais contratos e garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural, conforme termo de compromisso assinado pela estatal com a Aneel, em maio deste ano.
Nesta quarta-feira (31/10), a empresa restabeleceu o fornecimento de gás natural às distribuidoras do Rio de Janeiro cumprindo determinação judicial.
(Por Flávia Albuquerque, Agência Brasil, 31/10/2007)