Empreendimento da Companhia Zaffari com hipermercado, 128 lojas, cinemas e teatro será construído no bairro Cristo Redentor em terreno onde funcionou a fábrica de fogões Wallig
A capital gaúcha terá um novo complexo comercial. Ancorado por um hipermercado, o empreendimento vai contar ainda com 128 lojas, cinco cinemas, teatro e centro de convenções.
Chamado por enquanto de Bourbon Francisco Trein, o shopping será o quarto da mesma bandeira na em Porto Alegre. A Companhia Zaffari, que deve investir R$ 105 milhões na obra, não informou quando pretende inaugurá-lo.
O empreendimento, construído em terreno de 204,8 mil metros quadrados (onde funcionou até 1981 a fábrica de fogões Wallig), será cortado por uma nova rua. A Avenida Grécia, que hoje termina na Antônio Joaquim Mesquita, vai ser prolongada até a Francisco Trein, passando no meio do complexo. Essa via será rebaixada em relação às demais, e dará acesso aos estacionamentos do shopping. Os dois blocos do empreendimento terão uma ligação sobre a avenida prolongada.
Ontem à noite (30), o Relatório de Impacto Ambiental do empreendimento foi apresentado à comunidade em sessão de consulta pública. O próximo passo é a obtenção da Licença Prévia (detalhamento do projeto, agregando sugestões da consulta pública, que passa por diversas secretarias municipais). Não há prazo para a conclusão do processo. Atualmente, a Companhia. Zaffari constrói o Bourbon Pompéia, em São Paulo, com previsão de abertura no primeiro trimestre de 2008.
Região atrairá ainda mais consumidores
A concorrência ficará acirrada na zona norte de Porto Alegre. O futuro Bourbon será o terceiro hipermercado em um raio de 2,5 quilômetros, onde há ainda um shopping. Ponto para os consumidores, que contarão com mais opções de compra.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital (CDL), Vilson Noer, o empreendimento da Cia. Zaffari faz o estilo "shopping de vizinhança" e, embora vá concorrer com as outras operações, não deverá comprometer o comércio local, nem o pólo de lojas da Avenida Assis Brasil.
- Deve valorizar a região, atraindo mais consumidores para lá - afirma Noer.
Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), lembra que os hipermercados são cada vez mais uma opção de passeio para a família inteira - além das compras - , por isso não há saturação na Capital.
Segundo Longo, o consumidor "se programa cada vez menos" para comprar, por isso quer encontrar tudo em um só lugar, que tenha dias e horários de abertura flexíveis.
(Zero Hora, 31/10/2007)