Estudos do Ministério da Saúde apontam a possibilidade da ocorrência de uma epidemia de dengue no Estado durante o verão. A única alternativa para que o quadro não se confirme será o comprometimento tanto do poder público como de toda a população no combate ao mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, afirma a titular da Secretaria de Saúde (Semsa) de Novo Hamburgo, Suzana Ambros Pereira, que esteve ontem no Jornal NH para pedir o apoio da comunidade no combate à doença.
Caso a epidemia realmente chegue à região, Novo Hamburgo poderá ter cerca de 15 mil pessoas infectadas pelo mosquito e Campo Bom, 6 mil doentes. Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, desde o início deste ano, no Estado, foram confirmados 340 casos de dengue. Destes, 262 autóctones (contraídos no próprio território) e 98 importados de outros Estados. No Município, neste ano, foram confirmados três casos, todos importados. Embora atualmente o Município não tenha registro de nenhuma pessoa com dengue, a presença do mosquito Aedes aegypti foi confirmada. Desde abril, já foram encontrados três focos de larvas do mosquito em Novo Hamburgo. Dois no bairro Santo Afonso e outro no Industrial.
AÇÕES O poder público intensificará as ações de conscientização e fiscalização com a contratação de mais agentes de saúde, totalizando 38 profissionais. Conforme Susana, um dos fatores mais preocupantes da previsão é que o Estado alerta que a doença possa ser do tipo hemorrágica. Os sintomas iniciais são os mesmos da dengue clássica, porém evoluem mais rapidamente para manifestações hemorrágicas de gravidade variável, podendo levar ao óbito.
Hoje, a partir das 13h30, um grupo formado por agentes de saúde, Defesa Civil, setores ligados à área da saúde e entidades associativas e religiosas se reúne para discutir um plano de ação no Departamento de Vigilância Sanitária.
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Jornal NH, 31/10/2007)