O Iêmen anulou um acordo assinado em setembro com uma companhia americana para a construção de cinco usinas nucleares para produzir energia elétrica e dessalinizar água, com um valor total calculado em US$ 15 bilhões. Segundo a agência de notícias iemenita 'Saba', o Governo do Iêmen tomou a decisão após várias informações na imprensa da oposição sobre a 'incapacidade' da empresa americana para realizar o projeto.
Com este acordo, assinado com a companhia Powered Corporation, o Iêmen esperava obter 5.000 megawatts, o que superaria as necessidades atuais de eletricidade do país, calculadas em 1.700 megawatts. O ministro da Eletricidade iemenita, Mustafa Bahran, tinha anunciado em agosto que empresas multinacionais construiriam instalações nucleares para a produção de energia elétrica no Iêmen a fim de superar a crise energética que o país atravessa.
O Iêmen é o mais pobre entre os países da Península Arábica. Estima-se que só 11% dos 22 milhões de iemenitas têm acesso à eletricidade. A capital, Sana, e várias cidade do país sofrem freqüentemente quedas de luz porque a produção das duas únicas centrais do Iêmen não supera os 900 megawatts.
(
Agência EFE, 30/10/2007)