A Petrobras participa nesta quarta-feira (31/10) de licitação em parceria com a PetroPeru para construção de uma petroquímica voltada para a fabricação de fertilizantes no Peru. Segundo o presidente da PetroPeru, César Gutiérrez Peña, seis empresas concorrem para construir o empreendimento: além de Petrobras/PetroPeru, estão no páreo as norte-americanas Terra Industries e CF Industries, a mexicana Protexa, a chilena Enaex e o consórcio formado pela indiana Oswal Chemicals & Fertilizers e a australiana Burrup Fertilizers.
Maior preço
O executivo peruano explicou que a proposta vencedora será a que apresentar o maior preço pelo gás que será fornecido pela própria PetroPeru. O preço mínimo para o insumo é de US$ 1,43 por milhão de BTU e a unidade será capaz de produzir 1 milhão de toneladas de amônia e 650 mil toneladas de uréia por ano.
O gerente-executivo da Petrobras para o Cone Sul, Décio Oddone, explicou ainda que a estatal analisa alguns outros projetos no país vizinho e renovou em setembro um memorando de entendimentos para avaliar oportunidades na região. No país, a Petrobras tem a área de produção Lote 10, com produção de 15 mil barris por dia, e tem duas áreas de exploração de gás.
Argentina e Esso
Oddone confirmou ainda que a Petrobras estuda a implantação de uma unidade de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) no Uruguai. Segundo o executivo, a planta poderia entrar em operação até 2011 e poderia abastecer os mercados do Uruguai e da Argentina.
O segundo maior país sul-americano também poderia abrigar uma futura unidade de regaseificação de GNL, embora a Petrobras não tenha estudos sobre o assunto no momento. "Não avaliamos a Argentina com profundidade. Possivelmente na Argentina também (poderia haver uma unidade), mas não há nenhum estudo mais concreto sobre isso", disse Oddone. O gerente-executivo negou ainda qualquer negociação sobre a compra dos ativos da Esso no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, conforme veiculado recentemente na imprensa.
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Agência G1, 29/10/2007)