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passivos de hidrelétricas parque nacional do xingu hidrelétrica de belo monte
2007-10-30
O especialista Glenn Switkes, diretor na América Latina da International Rivers Network revelou na quarta-feira (24/10) para uma platéia de jornalistas os planos da Eletrobrás para barragens no rio Xingu. A informação, contida na revisão do inventário energético do rio, é de que pelo menos seis barramentos foram considerados possíveis e importantes pela estatal.

A hidrelétrica de Belo Monte seria a primeira barragem, seguida das usinas Altamira, Carajás, Pombal, São Félix e Montante Jarina, de acordo com a denominação apresentada no mapa extra-oficial. Dependendo das opções feitas pelo Governo Federal, o alagamento total poderia ser de 8 mil a 12 mil quilômetros quadrados.

A revelação veio a público em encontro promovido pelo Ministério Público Federal no Pará, que reuniu especialistas na questão energética e representantes de comunidades do rio Xingu para discutir os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia. A divulgação oficial do novo inventário do potencial energético do rio Xingu está prevista para 31 de outubro de 2007 e pode confirmar ou não essa informação.

Para o MPF, a suspeita de que outras barragens no Xingu estão nos planos da Eletrobrás se fortalece quando se analisa isoladamente as deficiências do projeto de Belo Monte, considerado economicamente inviável por vários especialistas independentes. Sozinha, a usina não garantiria energia firme e acabaria por provocar a construção das outras.

"É muito cara e vai passar pelo menos seis meses paradas, por causa da seca do rio. Sendo assim, a quem interessa construir Belo Monte?", perguntou o procurador da República Felício Pontes Jr. O procurador em Altamira Marco Antonio Delfino de Almeida, que veio a Belém especialmente para participar do debate, cobrou mais participação da sociedade nas decisões estratégicas. "Talvez, o principal fator para que continuem planejando hidrelétricas na Amazônia é porque aqui, ninguém reclama", disse.

De acordo com Lúcio Flávio Pinto, jornalista, que também palestrou durante a reunião, quaisquer projetos energéticos no Pará são controversos. "A energia não será fator de desenvolvimento no Estado", afirmou. O fato de ser o 6º maior produtor de energia do país e o 3º exportador de energia bruta, para o jornalista, indicam que a riqueza energética tem sido escoada sem geração de renda ou desenvolvimento na região.

A líder comunitária Antônia Martins, da região da Transamazônica e do Xingu também se dirigiu à platéia e afirmou que antes de pensar em aproveitar o potencial energético das bacias hidrográficas amazônicas, os moradores exigem ser atendidos em suas necessidades mais básicas. "Como pode uma sociedade que não nos dá o mínimo necessário para sobreviver querer levar nossa riqueza maior, que é o rio?", perguntou. Além dela, também veio de Altamira o embaixador dos índios Kayapó, Bokaere Kayapó, que tem a responsabilidade de levar informações sobre os projetos da civilização não-índia para o rio, considerado sagrado por 18 povos indígenas diferentes.

(Por Helena Palmquist, da Procuradoria da República no Pará, ISA, 25/10/2007)


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