O projeto de lei do novo Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas (PDUA) deve ser encaminhado no próximo mês à Câmara de Vereadores para votação. Hoje acontece a última reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano para finalizar o texto. Em seguida, o documento vai para apreciação do prefeito Marcos Ronchetti. A previsão inicial do Executivo era de que o PDUA fosse votado em setembro, mas o volume de audiências públicas e reuniões técnicas acabaram por postergar a conclusão dos trabalhos.
Um dos últimos pontos, muito discutido na revisão do Plano Diretor da cidade, foi a chamada cota altimétrica (que representa, em escala, os acidentes naturais e artificiais da superfície terrestre) para a urbanização de áreas nos bairros Mato Grande, parte do São Luiz e nas proximidades da BR-386 (Tabaí-Canoas). A Prefeitura defende que essa cota seja a de nível 3, significando que o nível das ruas ficaria a três metros do nível do mar.
Para integrantes do conselho, o ideal seria no mínimo nível 4,5, já que as áreas não são protegidas por diques de contenção, ficando expostas a alagamentos. “Para efeito de urbanização nas áreas protegidas a cota é 3, e nas áreas não protegidas seria 6. A nossa discussão é que essas áreas com a construção da BR-448 ficarão protegidas. Mas até a conclusão das obras essas áreas estarão desprotegidas”, comenta o representante da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Canoas (Seaca) no Conselho, Hermeto Lagranha.
(
Diário de Canoas, 30/10/2007)