O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, disse nesta segunda-feira que seria bom criar um sistema internacional de produção de combustível nuclear para responder a sua esperada alta da demanda mundial. "A esperada expansão da indústria nuclear vai fazer com que os países precisem cada vez mais de um abastecimento seguro em combustível nuclear, o que pode aumentar os riscos de proliferação", disse ele em um relatório sobre as atividades da AIEA na Assembléia-Geral da ONU.
O risco será grande, "sobretudo se mais países decidirem se dotar de suas próprias instalações de enriquecimento de urânio ou de separação de plutônio". "Estas tendências indicam, claramente, a necessidade urgente de um novo marco multilateral para a produção e entrega de combustível nuclear", defendeu. A AIEA estuda o Irã há um mês para estabelecer se seu programa nuclear tem fins civis ou militares.
No domingo, ElBaradei comentou que não há provas de que o Irã esteja fabricando armas nucleares. "Não recebi nenhuma informação de que tenha um programa ativo concreto de armas nucleares neste momento", destacou, advertindo que as ameaças dos Estados Unidos de atacar o território iraniano apenas põem "lenha na fogueira".
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Agência G1, 29/10/2007)