Fiscais da Vigilância Sanitária do Distrito Federal apreenderam, desde sexta-feira (26/10), 286 litros de leite da marca Parmalat por suspeita de contaminação por soda cáustica e água oxigenada. O produto foi recolhido de quatro supermercados de grande porte na capital federal.
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária do DF, Laércio Cardoso, o órgão fez a interdição cautelar por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ordenou a retirada de circulação de lotes de leite integral do tipo longa vida das marcas Parmalat, Calu e Centenário.
Na semana passada, a Operação Ouro Branco da Polícia Federal desarticulou um esquema de adulteração de leite em cooperativas de Minas Gerais. Revendido às três marcas após o processamento, o leite continha, entre outros produtos, soda cáustica e água oxigenada, produtos tóxicos para o consumo humano.
Segundo Cardoso, as marcas Centenário e Calu não são encontradas no comércio do Distrito Federal. Ele informou ainda que os trabalhos de fiscalização nos mercados do DF continuarão até o meio desta semana.
O diretor faz recomendações à população: “Se a pessoa abrir o leite em casa e encontrar um odor, uma coloração diferente, qualquer coisa fora do normal, avise à Vigilância Sanitária para que a gente possa ir até o local e fazer os procedimentos de praxe”. Cardoso orienta ainda os comerciantes a retirar das gôndolas o leite das três marcas suspeitas e chamem os fiscais para fazerem a interdição.
Por meio de nota oficial, a Parmalat alegou que os dois lotes da marca que tiveram a retirada ordenada pela Anvisa não estavam mais no mercado porque os prazos de validade tinham expirado no dia 22. O comunicado informou ainda que esses lotes somam 200 litros, num total de 40 milhões produzidos mensalmente pela empresa. Os produtos disponíveis no mercado, segundo a Parmalat, não fazem parte desses lotes e podem ser consumidor sem restrições.
(Por Elaine Borges, Agência Brasil, 29/10/2007)