A erosão e a sedimentação do solo estão entre os temas ambientais, sociais e econômicos discutidos até esta terça-feira (30/10) na 1ª Reunião Internacional sobre Erosão e Sedimentação para Gestores, Decisores, Técnicos e Comunicadores, aberta nesta segunda-feira (29/10) no Auditório da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB).
O coordenador geral das assessorias da Agência Nacional das Águas (ANA), Antônio Felix, explicou que a erosão e a sedimentação prejudicam todas as camadas da sociedade, por estarem indiretamente envolvidas com a agricultura.
"Se chover, vai embora o adubo, o calcário da plantação. O investimento para evitar isso tem retorno. Mas infelizmente nem todo mundo o faz, por falta de informação e não pelo custo", afirmou, ao destacar que o encontro, promovido pelo Departamento de Engenharia Florestal da UnB e pela Iniciativa Internacional de Erosão e Sedimentação (ISI/Unesco), poderá ajudar na divulgação dessas técnicas.
Felix lembrou que o problema pode ser controlado com uma cobertura no solo ou curvas de nível ao longo das plantações, entre outros meios de baixo custo. “Algumas barragens no Brasil deveriam durar cerca de 200 anos, mas em 30 anos já estão desgastadas”, lamentou.
O prejuízo com a erosão e a sedimentação no Brasil, segundo estudos da UnB, chega a cerca de R$ 12 bilhões anuais: para cada quilo de grão produzido, o país perde de 6 a 10 quilos de solo. Somente no Distrito Federal, mais de 1,2 mil áreas apresentam indícios de erosão.
Hoje foram discutidos temas como os impactos econômicos e o controle da erosão e da sedimentação no Brasil e na América Latina. O encontro ainda debaterá formas de melhorar o intercâmbio de informações entre técnicos, cientistas, gestores e comunicadores.
As inscrições podem ser feitas no local da reunião, da qual participam ainda representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
(Por Aline Bravim, Agência Brasil, 29/10/2007)