Até o começo de dezembro, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) pretende concluir uma série de atividades que vão embasar a estruturação do planejamento estratégico da instituição para os próximos quatro anos e estimular o desenvolvimento sustentável dos estados amazônicos.
A ação faz parte do Projeto Arara - cujo nome significa a união das iniciais de Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia e Amapá – que prevê a redefinição das ações da Suframa voltadas para o crescimento da região a partir de 2008, por meio de investimentos em projetos.
Com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com quem firmou um convênio, a Suframa iniciou em agosto deste ano, uma série de contatos em cada uma das capitais dos estados integrantes do modelo Zona Franca, com o objetivo de ouvir representantes do setor produtivo, do comércio, da agricultura, do poder municipal e do Legislativo.
"O que nós decidimos fazer foi uma consulta em cada estado da Amazônia, incluído nessa área de livre comércio administrada pela Suframa, antes de nos concentrarmos para fechar o novo planejamento”, explicou o coordenador científico do projeto, Tadao Takahashi.
Segundo ele, esses eventos permitem saber o que o estado, as universidades e as organizações da sociedade civil querem para depois convergir essas discussões e fazer o planejamento estratégico.
A idéia é permitir que a Suframa financie projetos com mais atenção às demandas e anseios de cada um desses estados, de modo a proporcionar resultados mais positivos, com mais benefícios para a população local e desenvolvimento da região.
Na semana que se encerrou, a comitiva do Arara iniciou em Macapá (AP) a penúltima reunião prevista pelo projeto. O último encontro está previsto para dezembro, em Manaus.
Durante a abertura do encontro na capital do amapá, o coordenador de Estudos Econômicos e Empresariais da Suframa, José Alberto Machado, destacou que no processo de revisão do planejamento da Suframa serão consideradas as questões e necessidades de cada um dos estados, a partir das demandas apresentadas nas reuniões.
"Nosso propósito nesses encontros é ouvir o que é relevante e estratégico para os estados, em seus processos de desenvolvimento”.
De acordo com Machado, entre as questões apresentadas estão o desejo dos estados de manter essa participação e esse envolvimento com a Suframa, além de tê-la como uma espécie de interlocutora junto ao governo federal.
"Eles também querem que a Suframa contribua para fomentar a Ciência e Tecnologia na região, seja apoiando cursos de pós-graduação, seja financiando projetos nessa área, seja fazendo com que os projetos tenham maior abrangência. Em terceiro lugar pedem mais envolvimento da Suframa em programas federais, inclusive os que são dirigidos por outros ministérios mas envolvendo a Amazônia, tendo a Suframa como sua interlocutora".
Criada em 1967, a Suframa é uma instituição vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que administra a Zona Franca de Manaus, uma área de livre comércio com incentivos fiscais especiais aos pólos que a compõem (comercial, industrial e agropecuário).
Com recursos arrecadados com a prestação de serviço das empresas beneficiadas com os incentivos fiscais do modelo Zona Franca, a Suframa financia projetos de apoio à infra-estrutura econômica, produção, turismo, pesquisa e desenvolvimento e de formação de capital intelectual.
(Por Amanda Mota, Agência Brasil, 27/10/2007)