O vazamento de 4.000 barris de petróleo da estatal Pemex sobre o rio Coatzacoalcos em Veracruz, no Golfo do México, gerou uma mancha negra ao longo de 12 quilômetros do leito, informaram autoridades locais. O vazamento da véspera, sem relação com o acidente de Pemex deixou 19 mortos esta semana no Golfo do México, teve origem em um oleoduto no trecho Nuevo Teapa-Salina Cruz do município de Jesús Carranza, a 750 quilômetros da capital mexicana.
O relatório oficial elaborado pela Defesa Civil estadual e a Pemex indica que a mancha se espalha por 12 quilômetros rio abaixo, entre as cidades Lázaro Cárdenas e Coapiloloya, no município de Hidalgotitlán. A Defesa Civil informou que o derramamento foi subterrâneo mas chegou por um riacho até o rio Jaltepec, no sul do estado. De lá, e apesar da existência de barreiras contenção, o óleo se espalhou para o rio Coatzacoalcos, um dos mais caudalosos do sul do México.
"A Pemex fala em 4.000 (barris), os moradores falam de outro número", afirmou o governador de Veracruz, Fidel Herrera. O Governo estadual ativou sistemas de proteção civil nos municípios de Minatitlán e Coatzacoalcos, atravessados pelo rio. A Marinha mexicana realiza trabalhos de limpeza. Este não é o primeiro acidente no. Em dezembro de 2004, um oleoduto da Pemex vazou mais de 10.000 barris de petróleo, o que faz deste leito um dos mais contaminados do México.
O país sofreu esta semana outro vazamento de petróleo devido à colisão entre duas plataformas marítimas da Pemex, na terça-feira no litoral de Campeche. O acidente deixou um saldo de 19 mortos e quatro desaparecidos. A quantidade do óleo derramado chegou a 500 barris, segundo a Secretaria do Meio Ambiente (Semarnat). A Procuradoria Federal de Proteção ao Meio Ambiente descartou que o acidente de Campeche seja crime ambiental e que não foram detectadas manchas na água, mas filetes descontínuos de óleo leve.
Os restos, com uma espessura de dois milímetros, dez metros de largura e nove quilômetros de comprimento, se deslocam paralelamente à costa. Presume-se que 49% do óleo evaporará. O Ministério do Trabalho mexicano anunciou hoje que este fim de semana iniciará uma "inspeção extraordinária" na área para fazer "a mais exaustiva investigação" do acidente.
(EFE /
Terra, 26/10/2007)