O Brasil entrou na corrida tecnológica para produzir etanol a partir de resíduo agroindustrial, conhecido como biocombustível de segunda geração. No Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), uma planta-piloto que já está processando, desde setembro último, 220 litros de álcool/dia de etanol de lignocelulose a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita essa unidade nesta sexta-feira.
A produção industrial deverá começar em 2010, quando a empresa pretende produzir 280 litros de etanol/dia com uma tonelada de bagaço de cana. Ainda que tenha entrado nessa corrida tecnológica há pouco tempo - países como os Estados Unidos, por exemplo, iniciaram as pesquisas há mais de três anos -, o Brasil tem vantagem comparativa em relação ao mundo. Não
bastasse a expertice acumulada com o Programa Brasileiro de Álcool (Proálcool), o volume de resíduo de bagaço de cana produzido anualmente varia de 6 milhões a 10 milhões de toneladas.
(Por Liana Melo,
O Globo, 25/10/2007)