A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou nesta quinta-feira (25/10) a 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que será realizada em maio de 2008. Até lá, acontecerão conferências regionais nos estados.
No Rio, o primeiro encontro reunirá 15 municípios, nos dias 24 e 25 de novembro, e a conferência estadual está marcada para março do próximo ano. Nesta edição, o foco das discussões são as mudanças climáticas. O objetivo das conferências é permitir e facilitar o compartilhamento das decisões na área entre governo e sociedade civil.
A ministra destacou a importância de mobilizar a base da sociedade na defesa do meio ambiente. “O nosso trabalho, se não forem considerados os atores locais, fica na abstração. Para atingir as causas dos problemas, e não só as conseqüências, são necessárias parcerias com os diversos setores”, defendeu Marina Silva.
De acordo com a ministra, o trabalho do governo na área é estabelecido em quatro diretrizes: controle e participação social; desenvolvimento sustentável; fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e política ambiental integrada.
O coordenador da conferência nacional, Pedro Ivo Batista, frisou a necessidade de interlocução com os movimentos sociais, organizações de defesa da natureza e representantes da sociedade civil para garantir uma política efetiva que se traduza na proteção ao meio ambiente.
Diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, ele reconheceu, porém, que é necessário reforçar a participação de gestores municipais nas discussões e decisões do processo, pois a política brasileira do setor aponta para a descentralização das ações, segundo ele.
“É uma questão fundamental para fortalecer o sistema nacional de meio ambiente. Mas hoje apenas um terço das cidades brasileiras têm algum órgão ambiental. Cada vez mais o município tem que estar preparado, qualificado, especializado, ter áreas de meio ambiente”, disse Pedro Ivo.
(Por Vladimir Platonow, Agência Brasil, 25/20/2007)