Uma comissão especial irá tratar de questões envolvendo carroceiros na cidade. O organismo foi aprovado, nesta semana, pela Câmara Municipal de Porto Alegre, onde também tramita um projeto de lei que defende a retirada gradual das carroças do trânsito da Capital num prazo de oito anos a partir da aprovação da proposta. 'É um problema, mas é fonte de renda para muitas pessoas, uma questão social', afirmou o diretor de Trânsito e Circulação da EPTC, José Wilmar Govinatzki. O total de carroças é superior aos veículos do transporte público de Porto Alegre - a estimativa é de 8 mil, embora a EPTC tenha cadastradas 4 mil. O transporte público é composto por 1,5 mil ônibus, 4 mil táxis, 400 lotações e 600 carros escolares.
A cada 15 dias, a EPTC e a Patrulha Ambiental da BM realizam blitze. O gasto mensal com depósito de carroças e animais é de R$ 20 mil. Do começo do ano até ontem a EPTC fez 14 apreensões por maus-tratos e 59 por abandono de animal. A Associação Rio-Grandense de Proteção aos Animais recebe até dez denúncias por dia. 'Encaminho as queixas para a EPTC, que não está recolhendo animais. Há excesso no depósito. O que posso fazer? Denunciar novamente ao MP?', questionou o presidente Paulo Krebs.
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Correio do Povo, 25/10/2007)