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2007-10-25
Caxias do Sul - A audiência pública das 19h de hoje, na sala de cinema do Centro de Cultura Ordovás, será a única oportunidade para a população caxiense opinar sobre a escolha do local do novo aterro sanitário da cidade. Não haverá votação, mas entidades e cidadãos poderão argumentar ou até mesmo apresentar estudos técnicos sobre os três locais aprovados: dois na localidade de Apanhador e um no distrito de Vila Oliva.

Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Ari Dallegrave, a prefeitura defenderá a construção do aterro em uma das áreas do Apanhador, próxima às obras do presídio regional. A escolha é defendida pelo secretário devido ao fácil acesso do lugar, que fica a dois quilômetros da Rota do Sol, e pela possibilidade de expansão, já que as duas áreas do Apanhador ficam a menos de um quilômetro de distância (veja mapas abaixo).

- Com maior espaço, poderemos, no futuro, ampliar o projeto para outros empreendimentos, como o aproveitamento do gás expelido para a produção de energia - defende o secretário.

A terceira opção é instalar o aterro na localidade de Tabela, em Vila Oliva. De acordo com a avaliação da prefeitura, o lugar apresenta pontos negativos, como a proximidade com plantações, como os pomares de maçã, o que não ocorre no Apanhador.

- Além disso, Vila Oliva está indicada para a construção do novo aeroporto regional, e a área de Tabela é menor do que a do Apanhador - acrescenta Dallegrave.

Ainda segundo o secretário, apesar de a população ser ouvida, será muito difícil que a opção da prefeitura seja refutada. Isso só ocorrerá se na audiência, que será presidida por representante da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), for apresentado um novo estudo ou um argumento não-contemplado pela avaliação ambiental feita na área do Apanhador.

Após a audiência, a Fepam emitirá a licença preliminar com as exigências ambientais para o empreendimento. A partir daí, a prefeitura iniciará o processo de licitação para escolha da construtora. A obra está orçada em cerca de R$ 10 milhões, sendo que 80% virão de empréstimo e o restante de contrapartida do município.

Parque em São Giácomo

Construído em 1989 e ampliado diversas vezes, o atual aterro São Giácomo, entre os bairros Cidade Nova e Reolon, será desativado e poderá ser transformado em parque público. De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Ari Dallegrave, depois de desativado o aterro será acompanhado por técnicos até que não emita mais gases ou ofereça risco de contaminação.

- Não é nada certo, mas o prefeito já nos cobrou para que trabalhemos na construção de uma área de lazer onde hoje é o aterro - revela o secretário.

Desde 1992, um projeto de biorremediação do São Giácomo transformou a área. A paisagem, antes formada por montes de lixo, hoje é composta por um gramado.

Solução por 50 anos
Caso o novo aterro sanitário seja instalado na localidade do Apanhador, terá capacidade de absorver os 340 toneladas diárias de lixo orgânico produzidas em Caxias por 50 anos. A prefeitura calcula que a inauguração ocorra no final de 2008.

(Pioneiro, 25/10/2007)


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