Um pool de investidores, gerenciado pela empresa Global Agrienergy , de São Paulo, dará início às instalações no início de 2008 de uma usina de biodiesel no município de Paraíso, no Tocantins. O objetivo é produzir 100 milhões de litros de biodiesel por ano -- utilizando como matérias-primas girassol e pinhão-manso. A expectativa é ampliar o projeto para um programa de bionergia, com o aproveitamento de toda a matéria-prima disponível na usina, gerando energia elétrica a partir da biomassa dos produtos utilizados (girassol e pinhão manso).
Para estudar a viabilidade e estruturar o plano de negócios da nova usina, a Global Agrienergy contratou a Metacortex Consultoria e Modelação de Recursos Naturais, empresa ibérica , especializada em consultoria agropecuária e florestal. "Esses projetos são complexos e exigem um estudo minucioso. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é bem rigorosa e precisávamos atender à exigência de qualidade brasileira, européia e americana. Por isso precisamos buscar uma empresa com expertise na área", explica André Vienna, diretor da Global Agrienergy.
Segundo ele, o estado do Tocantins foi escolhido por sua localização estratégica - 5 km de distância da Ferrovia Norte-Sul e pelo apoio recebido do governo estadual. A expectativa de produção é de 100 mil toneladas por ano, voltadas para consumo interno. A empresa também pretende exportar a partir do próximo ano. A usina tem início de atividades previsto para o segundo semestre de 2008. O investimento inicial é de US$ 100 milhões e para o programa de biomassa US$ 20 milhões.
A área de produção inicial é de 10 mil hectares, mas a projeção é adquirir mais 70 mil hectares em três anos. A principal matéria-prima é o girassol e pinhão manso. O grupo também avalia o potencial de produção do biocombustível a partir do babaçu. Serão gerados 100 empregos diretos em Tocantins e mais ocupação para mais 900 famílias que trabalham no campo.
A Metacortex será responsável pela estruturação do projeto, pela captação de recursos e, futuramente, pela gestão do processo agroindustrial por meio do Natural Assets Planning System - Biofuels (NAP-B). O NAP-B é um conceito de integração de sistemas de informação de suporte ao negócio de produção de biocombustíveis.
O programa baseia-se em uma arquitetura conceitual que permite a gestão integrada de informações para planejamento e operacionalização da atividade empresarial. Em Portugal e na Espanha, a Metacortex lidera o mercado na aplicação dessa metodologia junto ao setor de papel e celulose. "O NAP-B é fundamental no processo de tomada de decisões sobre o sistema de informações que dará suporte à produção agroindustrial'', afirma Renato Giraldi de Melo, diretor-executivo (CEO) da Metacortex do Brasil.
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Envolverde/Assessoria, 24/10/2007)