Os sete servidores da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), entre eles o diretor de Administração, Jânio Wagner Constante, indiciados pela Polícia Federal (PF) na Operação Moeda Verde, serão mantidos nos cargos.
O anúncio foi feito ontem à tarde pelo presidente do órgão, Carlos Leomar Kreuz, que saiu em defesa dos funcionários e criticou o indiciamento policial, "o qual teve como motivo divergências técnicas em laudos de licenças ambientais, e não atos de corrupção".
Embora tenha deixado claro confiar em todos os sete indiciados, Kreuz disse que a saída ou não do diretor de Administração será decidida pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que está em missão oficial no exterior. Jânio Constante foi indiciado por formação de quadrilha e é citado pela delegada Julia Vergara no caso do empreendimento Villas do Santinho. Pelo fato de os documentos em que apareceram suspeitas estarem com a Polícia Federal, Kreuz revelou ainda que também não irá determinar nenhum procedimento administrativo contra os funcionários nesse momento.
Carlos Kreuz mostrou-se preocupado pelo fato de os servidores estarem sendo punidos com o indiciamento por terem concedido pareceres técnicos que não são ilegais, mas apenas divergentes aos dos setores técnicos da Polícia Federal e Ministério Público Federal. Alexandre Waltrick, procurador jurídico da Fatma, disse que algumas licenças de empreendimentos citados são atestadas por professores das universidades federais de Santa Catarina e de Minas Gerais, além do próprio Ministério do Meio Ambiente.
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Diário Catarinense, 25/10/2007)