O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Afonso Kroetz, disse nesta quarta-feira (24/10) acreditar que os indícios de fraude no leite produzido em cooperativas em Minas Gerais “são fatos isolados”. Na segunda-feira (22/10), 27 pessoas foram presas pela Polícia Federal, durante a Operação Ouro Branco.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Radiobrás, Kroetz afirmou que as denúncias não colocam em cheque a qualidade do leite brasileiro. “São 1.700 unidades [de produção de laticínios fiscalizadas], e não é de assustar que duas unidades tenham sido flagradas com indícios de fraude.” Kroetz admitiu, no entanto, que “são indícios fortes”, que precisam ser comprovados laboratorialmente.
O secretário disse também que os indícios de fraude foram identificados “oportunamente” e estão sendo tratados de forma adequada. “Inclusive, [os fatos] servem de alerta para que outros que queiram insistir em praticar ações fraudulentas não o façam, porque as medidas punitivas são bastante severas, as consequências são muito drásticas em cima da comercialização de uma marca que se sabe foi flagrada em situação de fraude”.
Até o momento, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) não divulgou nenhuma orientação para os seus associados a fim de retirar qualquer marca de leite longa vida das prateleiras. Já a Associação Mineira de Supermercados informa que a orientação é que os estabelecimentos do estado de Minas Gerais, especialmente os do Triângulo Mineiro, não vendam leite das marcas Calu e Parmalat.
(Por Ana Luiza Zenker, Agência Brasil, 24/10/2007)