Rio Grande - O embaixador da Holanda no Brasil, Onno Hattinga, esteve em Rio Grande ontem para conhecer a estrutura portuária da cidade, identificar as necessidades e analisar as possibilidades de envolvimento dos investidores e técnicos holandeses com o porto local.
Hattinga esteve acompanhado do chefe da delegação comercial holandesa, Philippe Schulman, e visitou a Superintendência do Porto (Suprg), o Terminal de Contêineres (Tecon), as instalações da Quip (responsável pela construção dos módulos da Plataforma P-53) e do Dique Seco. Além disso, participou de um sobrevôo na área do Porto Organizado.
“Viemos aqui para ouvir, conhecer e não para tomar decisões. Uma missão brasileira irá à Holanda de 3 a 10 de novembro. Então precisamos preparar nossos investidores e fornecedores de serviços para que possam demonstrar o que podem fazer perante as necessidades reais e futuras”, disse Schulman.
Conforme o superintendente do Porto do Rio Grande, Bercílio Silva, o foco está voltado às possibilidades de concorrências em licitações para os serviços de dragagem ou para investimentos em novas áreas. “O Porto de Rotterdam está para a Europa como o Porto do Rio Grande deverá ser para a América Latina. Eles podem nos trazer experiências, ampliar as áreas de investimentos, aumentar a navegação interior e suas companhias de navegação podem participar das licitações. Devemos fazer acordos de cooperação técnica, qualificação profissional”, destacou Silva.
Navegação internaAtualmente 40% do transporte de cargas na Holanda é realizado por hidrovias, sendo que 50% dos rios são navegáveis. No Rio Grande do Sul apenas 3,5% das cargas são transportadas em hidrovias e a intenção é ampliar este serviço, mas faltam investidores para o setor. A justificativa para a ampliação do serviço está na diminuição de custos e redução dos prejuízos ambientais.
(Por Débora Lucas,
Diário Popular, 24/10/2007)