O decreto de intervenção assinado pelo prefeito de Cachoeira do Sul, Marlon Santos da Rosa, tirou da Corsan desde ontem o direito de gestão da concessionária no município de 89 mil habitantes para prestação de serviços de água e esgoto. A medida vale por 180 dias. Nesse período o município analisará se encampa os serviços ou devolve as operações à Corsan. Como motivos da intervenção, o prefeito citou o fato de o químico responsável em Cachoeira ser, na verdade, um técnico que reside em Santa Maria e responde pelos serviços também de Santa Cruz e outros municípios. Outra razão foi a descoberta, há quatro meses, de que os 45 funcionários da Corsan em Cachoeira não teriam hidrômetros nas moradias. O tratamento de esgoto e captação de água não teriam licenciamento ambiental desde 2004.
Em nota, a Corsan observou que a sua relação contratual como concessionária dos citados serviços com a Prefeitura de Cachoeira do Sul é 'absolutamente regular e legalmente amparada pela legislação em vigor'. A Corsan ainda tranqüiliza a população quanto à qualidade da água. 'O índice de qualidade da água é de 90,7%, portanto superior aos parâmetros estabelecidos pela portaria 518/04, do Ministério da Saúde, que considera a qualidade muito boa a partir de 80%.'
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Correio do Povo, 24/10/2007)