Especialistas em energia reunidos pelas academias científicas mundiais anteontem recomendaram fortemente que as nações se afastem do carvão e de outros combustíveis - principais fontes dos gases causadores do efeito estufa e do aquecimento global - e ofereçam novas opções de energia para os 2 bilhões de pessoas que ainda cozinham seus alimentos queimando lenha ou estrume.
Mais CO2 acumula-se no arNum relatório encomendado pelos governos da China e do Brasil, os 15 especialistas recomendaram, no mínimo, uma duplicação dos orçamentos de pesquisa em energia tanto públicos como privados e um encargo firme - e crescente - sobre as emissões de gases causadores do efeito estufa para estimular uma transferência dos investimentos para tecnologias mais limpas e mais eficientes.
O relatório Iluminando o Caminho - Rumo a um futuro de energia sustentável, de 200 páginas, foi postado online em www.interacademycouncil.net pelo InterAcademy Council, uma associação que representa as 150 academias científicas e de engenharia do mundo. Bruce Alberts, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA, disse que as academias defenderiam as propostas com os respectivos governos.
O relatório inclui uma série de recomendações de pesquisas, políticas econômicas e iniciativas de longo prazo no setor privado. Três pontos foram destacados como merecedores de atenção imediata: aumento da eficiência do uso de combustíveis fósseis; desenvolvimento de técnicas para capturar e armazenar, com pouca despesa, os bilhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos e sistemas para obter energia do sol e de outras fontes renováveis.
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The New York Times, 24/10/2007)