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etanol
2007-10-24
Projeções são da OCDE; País é o único do mundo onde a produção não precisa contar com subsídios

O Brasil vai aumentar em 161% sua produção de etanol até 2016, somando 44 bilhões de litros do combustível e quase 500 milhões de toneladas de cana. O País ainda é o único do mundo onde a produção de etanol não precisa contar com subsídios governamentais hoje para ser competitivo, mesmo que o barril do petróleo caia para US$ 35,00.
 
As projeções foram divulgadas ontem pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que acusa os países ricos de estarem transferindo os subsídios que o Brasil tanto combateu na agricultura agora para os biocombustíveis.

A OCDE não esconde que a demanda crescente pelo etanol - dentro e fora do Brasil - deve ser um dos principais fatores que irão influenciar os demais mercados de commodities nos próximos dez anos no mundo.

Segundo o levantamento, os subsídios dados pelos demais países estão distorcendo o mercado mundial e, pelas projeções, devem aumentar ainda mais nos próximos anos. Apenas em 2006, entidades de pesquisa apontam que esse apoio teria sido de US$ 7 bilhões.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a produção de etanol deve crescer em 50% em 2007 e dobrará até 2016. Em dez anos, 110 milhões de toneladas de milho serão usados para o combustível e 46 bilhões de litros serão produzidos. Além dos subsídios, a OCDE aponta que o que explica a alta é também as barreiras à importação para manter afastada a concorrência.

Na Europa, o crescimento do etanol será de 170% entre 2006 e 2010, mas a partir de uma base menor. Por isso, os europeus não conseguirão chegar a sua meta de produzir 5,75% do combustível que necessitam a partir do etanol até 2010. As projeções são de que chegarão a 3,3%, com 30 bilhões de litros.

Mesmo assim, países como Alemanha, França, Suécia e Reino Unidos estão implementando esquemas fiscais para favorecer a produção e consumo.

Críticas

Críticos dos biocombustíveis alertam que a produção do biodiesel provocará falta de alimentos. O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Fome, Jean Ziegler, acusou o Brasil de estar "desmatando a Amazônia e acabando com o Centro-Oeste" com a plantação de cana-de-açúcar para a fabricação do etanol. Ziegler afirmou ainda que os biocombustíveis são uma das principais ameaças ao direito à alimentação nos próximos anos no mundo e sugeriu uma moratória de cinco anos na produção do etanol.

Outros dois dos mais freqüentes críticos do programa brasileiro são os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e de Cuba, Fidel Castro. Lula rechaça as críticas de que os biocombustíveis provocarão a falta de alimentos. Segundo ele, se 850 milhões de pessoas passam fome no mundo não é por falta de alimentos, mas por falta de renda.

(Por Jamil Chade, do Estadão, 23/10/2007)


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