De novo, São Paulo vai testar ônibus com tecnologia capaz de reduzir a emissão de poluentes.
Recentemente, a cidade testou ônibus a gás e também os veículos híbridos, movidos a diesel e a eletricidade. Nenhum dos dois vingou. Ontem, na USP, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou para dezembro o início dos testes com ônibus movidos a álcool.
É a segunda vez que ele será testado no transporte coletivo da capital. Em 1979, no auge do Programa Nacional do Álcool, o combustível foi usado em uma linha que ligava Ponte Pequena (zona norte) a Barueri (região metropolitana), mas não agradou por causa do alto consumo.
Agora, com uma nova tecnologia de motor e com a retomada da política de priorizar o álcool como fonte de energia, os testes voltam aos ônibus.
A partir de dezembro, um ônibus fabricado pela Scania e que já roda em Estocolmo (Suécia), será usado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano), do Estado. Os testes serão feitos no corredor ABD, que liga São Mateus (zona leste) ao Jabaquara (zona sul), passando por Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, na região metropolitana.
Os técnicos do projeto, da Escola Politécnica da USP, calculam aumento de 20% nos gastos com combustível, o que pode refletir na tarifa. Mas, dizem, a emissão de dióxido de carbono é reduzida em até 93%.
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Folha de S.Paulo, 24/10/2007)