Os moradores da zona Sul de Porto Alegre observam mudanças nas duas maiores chaminés da fábrica da Aracruz Celulose, em Guaíba. Apenas uma das chaminés parece emitir fumaça. Entretanto, as duas estão funcionando normalmente para o branqueamento da produção de celulose de eucalipto. É que a caldeira de força, que parece não emitir fumaça, recebeu um 'filtro de mangas' neste mês. O novo equipamento reduziu praticamente a zero a emissão de material particulado (poeira).
O equipamento insufla as partículas poluentes para um reservatório, onde é realizada a decantação das partículas maiores. O nível máximo de emissão de poluentes permitido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental é de 150 miligramas normal por metro cúbico. Conforme o gerente de Qualidade e Meio Ambiente, Clovis Zimmer, o nível é inferior a 10 miligramas normal por metro cúbico na caldeira de força. Na outra chaminé (caldeira de recuperação) são queimados resíduos do líquido digestor do processo industrial e a fumaça é branca e espessa. O monitoramento da emissão de poluentes é constante e realizado segundo a segundo. Os dados são registrados e compilados em relatórios diários.
(Correio do Povo, 23/10/2007)