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ipcc
2007-10-23
Palco da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, o Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para sediar o primeiro encontro promovido na América Latina pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), que acaba de ser agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2007.

Nos próximos dias 25 e 26 de outubro, cerca de 250 representantes do setor ambiental, entre cientistas, economistas, políticos, empresários, acadêmicos e líderes do terceiro setor, se reunirão na capital fluminense, juntamente com 11 membros internacionais e cinco membros nacionais do IPCC, para discutir as conclusões consolidadas pelo quarto relatório de avaliação sobre mudanças climáticas produzido pelo órgão e suas conseqüências no Brasil e no Rio de Janeiro.

A última parte deste relatório, sobre mitigação de gases causadores do efeito estufa, foi divulgada em maio passado. Realizado pela Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro e pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em parceria com o IPCC, o “4º Relatório do IPCC – Workshop sobre Mitigação e Oportunidades” tem o objetivo de transformar as discussões sobre o tema em ações efetivas que possam ser incorporadas no âmbito das políticas públicas em todo o país.

Os principais resultados do encontro vão ser compilados em um documento a ser levado, em dezembro, para Bali, na Indonésia. Na ocasião, representantes dos mais de 180 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima se encontrarão para discutir metas e políticas para a redução da emissão de gases do efeito estufa no período pós-2012, quando termina a vigência do atual Protocolo de Kyoto.

“O desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas são os maiores desafios do século 21", acredita o vice-presidente do IPCC, o cingalês Mohan Munasingue, professor da Universidade de Yale e uma das principais autoridades mundiais no assunto. “Implementar o desenvolvimento sustentável é a estratégia que defendemos para que os países melhorem sua capacidade tanto de se adaptar às mudanças climáticas quanto de mitigar suas emissões de gases de efeito estufa". Principal nome do evento, Munasingue abrirá os trabalhos no dia 25, tendo a seu lado o engenheiro Ogunlade Davidson, coordenador do Grupo III (sobre mitigação) do IPCC e professor da Universidade de Serra Leoa, na África; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o diretor-executivo de Assuntos Corporativos e Energia da CVRD, Tito Martins; e o secretário de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc

“O Rio saiu na frente nessa questão das mudanças climáticas, pois criamos a Superintendência do Clima e, com a Firjan, inauguramos o primeiro Escritório de Carbono do país. Agora com esse evento internacional, junto com o IPCC, vamos dar subsídios para a implementação de políticas estaduais de redução vigorosa das emissões, como o plantio de 20 milhões de árvores em quatro anos de governo e a remediação de 50 lixões, com a construção de aterros sanitários em todo o estado", afirma Carlos Minc, responsável pela idealização do evento, junto com a engenheira e professora da Coppe, Suzana Kahn Ribeiro, superintendente de clima e mercado de carbono da Secretaria de Estado do Ambiente e membro do Grupo III do IPCC.

“Entendemos que encontrar uma solução de desenvolvimento econômico e social equilibrado em um ambiente de aquecimento global inequívoco é um desafio urgente e queremos contribuir. Ao apoiar este encontro do IPCC no Brasil, a Vale pretende promover no país um maior debate sobre o tema, contribuindo para fortalecer as teses científicas brasileiras na discussão da Conferência de Bali”, acredita Tito Martins, diretor-executivo de Assuntos Corporativos e Energia da CVRD, empresa parceira na organização do evento.

Durante os dois dias de evento, os 250 participantes, entre palestrantes, debatedores e convidados, se dividirão em nove grupos de trabalho, que funcionarão simultaneamente para tratar de assuntos como tecnologias e estratégias para redução de emissões de carbono; políticas públicas e oportunidades de mitigação; biocombustível e oportunidades no setor de transportes; e seqüestro e armazenamento de carbono.

Os grupos serão conduzidos por alguns dos principais estudiosos de meio ambiente no cenário mundial, como a americana Jean Bogner, especialista em gestão de resíduos; o canadense John Drexhage, diretor de Mudança Climática e Energia no Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável; a indiana (naturalizada holandesa) Rutu Dave, do Instituto Nacional de Políticas Públicas e Meio Ambiente da Holanda; e o americano Ralph Sims, da Agência Internacional de Energia. Também estarão presentes lideranças brasileiras como Luiz Pinguelli Rosa, Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; e Luiz Gylvan Meira Filho, ex-secretário do Ministério de Ciência e Tecnologia e autor do capítulo III do IPCC.

O workshop terá ainda três painéis: o primeiro será sobre a relevância política dos relatórios do IPCC; o segundo, sobre desenvolvimento sustentável, adaptação e mitigação; e o terceiro, sobre negócios sustentáveis e mudanças climáticas. É deste último painel que participará o economista polonês Ignacy Sachs, considerado um dos maiores pensadores do desenvolvimento sustentável do mundo. Diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo na École de Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, Sachs é uma das estrelas do evento, ao lado de Mohan Munasingue e Ogunlade Davidson.

“Esperamos que, após estes dois dias de reuniões, seja possível traçar uma estratégia de mitigação e de adaptação do estado do Rio de Janeiro às mudanças climáticas, contemplando os diferentes setores da economia, como geração de energia, agricultura, lixo, transporte e biocombustíveis”, completa Suzana Kahn.

(CarbonoBrasil/ New Ideas Comunicação, 22/10/2007)

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