Novo Hamburgo - A Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo deve encaminhar amanhã à prefeitura hamburguense a sugestão de que os resíduos sólidos do município sejam encaminhados ao aterro sanitário de São Leopoldo. A informação foi divulgada pela Câmara após visita dos integrantes das comissões de Saúde e de Meio Ambiente do legislativo à central de reciclagem leopoldense, na última sexta-feira.
A visita foi uma iniciativa dos vereadores que compõem as comissões. Segundo o vereador Cleonir Bassani (PSDB), presidente da Comissão de Saúde, o objetivo original era conhecer a experiência de São Leopoldo na disposição dos resíduos sólidos. Atualmente, o lixo de Novo Hamburgo é levado até o município de Minas do Leão. “Hoje, o lixo percorre mais de cem quilômetros. Levar para São Leopoldo poderia reduzir custos nesse processo”, defende Bassani.
O documento que deverá ser encaminhado à prefeitura de Novo Hamburgo amanhã é apenas um indicativo, ao prefeito Jair Foscarini (PMDB), de que existe a alternativa de trabalhar com São Leopoldo. A medida, no entanto, deverá ser negociada pelo prefeito. Para Bassani, a integração demonstrada pelos municípios do Vale do Sinos na luta pela recuperação do Rio dos Sinos, com a formação do consórcio de saneamento, o Pró-Sinos, deve ser tida como exemplo também para a área de resíduos sólidos: “Por que cada prefeitura teria que dispor de uma infra-estrutura, quando se pode trabalhar em conjunto”?
Para o diretor de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) de São Leopoldo, José Antonio França da Cunha, a idéia de trazer ao Município os resíduos de Novo Hamburgo é bem-vinda. Ainda assim, segundo o diretor, atualmente não seria possível receber a carga extra de imediato. “A célula que temos no aterro sanitário comporta apenas os resíduos gerados em São Leopoldo.”
A solução está em uma outra área de terra, de propriedade da empresa que presta serviços na destinação de resíduos sólidos ao Município, localizada próximo ao atual aterro sanitário. O novo empreendimento, no entanto, ainda necessita da aprovação do pedido de licenciamento ambiental encaminhado à Fepam. A previsão é de que, pelo menos até junho do ano que vem, a documentação siga tramitando junto ao órgão estadual. Ainda assim, de acordo com Cunha, já existem planos da Prefeitura de receber o lixo de outros municípios da região, o que resultaria na redução de custos para a operação dos aterros municipais. “Nossa idéia é receber”, finaliza.
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Jornal VS, 23/10/2007)