A bolsa transatlântica NYSE Euronext e o organismo financeiro estatal francês CDC (Caisse dês Depôts et Consignations) anunciaram nesta segunda-feira a intenção de criar um mercado internacional para a negociação de cotas e créditos de contaminação de dióxido de carbono.

Este novo mercado deve estar em funcionamento no início do próximo ano, e a maioria do capital estará nas mãos da NYSE Euronext, com a CDC como primeiro sócio, indicaram em comunicado conjunto.

A nova estrutura oferecerá um mercado organizado de funcionamento contínuo que permitirá a troca de cotas e créditos de emissão, e prevê também --sem precisão de prazos-- o desenvolvimento de produtos derivados das emissões.

A NYSE Euronext e CDC afirmaram que a iniciativa será beneficiada pela rede internacional e a experiência da bolsa transatlântica.  Já o CDC entrará com seu conhecimento sobre o universo financeiro do que está relacionado com a contaminação por dióxido de carbono.

Air France
A Air France disse que assinou um acordo com a GoodPlanet para que seus passageiros possam "compensar" as emissões poluentes originadas em suas viagens de avião pela companhia aérea mediante o financiamento de projetos supervisionados pela associação ecologista.

As "compensações" serão feitas com base em um preço de 15 euros por tonelada de dióxido de carbono e o dinheiro será destinado a projetos no campo da eficiência energética, das energias renováveis e da regeneração florestal, afirmaram a Air France e a GoodPlanet em comunicado conjunto.

Dois desses projetos já estão em andamento: a fabricação de carvão vegetal com resíduos agrícolas na região senegalesa de Saint Louis e a difusão de depósitos de biogás no distrito chinês de Weining.

A iniciativa é conseqüência de uma reivindicação de clientes profissionais ou individuais da companhia aérea francesa, que podem calcular o volume das emissões que geram com suas viagens graças a uma máquina de calcular a que têm acesso no site da Air France.

(Efe, 22/10/2007)