O presidente da Comissão Européia - órgão executivo da União Européia (UE) -, José Manuel Durão Barroso, disse nesta segunda-feira (22/10) que o combate à degradação marinha é urgente e que o bloco adotará novas medidas, caso as atuais forem insuficientes.
Numa conferência em Lisboa, Durão Barroso afirmou que "não há tempo a perder", já que o meio ambiente marinho se deteriora progressivamente, acompanhando o "aumento da atividade econômica". A política da União Européia, acrescentou, ainda tem como objetivo tornar a pesca sustentável, haja vista que, em nível mundial, a pesca ilegal abrange "volumes muito superiores aos do conjunto da atividade legal" do bloco.
No discurso que fez na abertura de conferência sobre política marítima da UE, Durão Barroso disse que a Comissão Européia está disposta a "considerar outras formas de atuação", se as atuais políticas não surtirem o efeito desejado.
Ele também afirmou que a instituição tem "consciência do problema" e, por isso, propôs uma série de medidas para proteger o mar. Durão Barroso espera que essas modificações sejam aprovadas ainda este semestre, no qual Portugal encontra-se à frente da Presidência rotativa da UE.
Integração - Por sua vez, o primeiro-ministro português, José Sócrates, afirmou na mesma conferência que a implementação de uma política marítima integrada na UE, com ganhos econômicos, ambientais e de segurança, exige o estabelecimento de uma fronteira externa comum nos mares e oceanos dos países do bloco. "Só poderemos responder com eficácia a esta exigência se ordenarmos o território marítimo, administrarmos de forma integrada as regiões litorâneas e construirmos uma fronteira externa comum", disse.
(Folha Online,
Ambiente Brasil, 23/10/2007)